Preservar e Transmitir pedaços do nosso Património

28
Set 08

- História do Distrito de Braga -

Braga é das mais antigas cidades portuguesas e uma das cidades cristãs mais antigas do mundo; fundada no tempo dos romanos como Bracara Augusta, conta com mais de 2000 anos de História como cidade.
No decurso do século II a.C., a região foi tomada pelos Romanos que edificaram a cidade no ano 16 a.C., com a designação de Bracara Augusta, em homenagem ao Imperador César Augusto. Bracara Augusta, capital da região da Gallaecia.
Após a conquista do império romano, Bracara Augusta tornou-se na capital política e intelectual do reino dos Suevos, que abarcava a Galiza e se prolongava até ao Rio Tejo. Por ordem do rei Ariamiro foi realizado o concílio de Braga.
No ano de 716, os Mouros alcançam a cidade e provocam grande destruição na mesma, dada a sua importância religiosa. Na época, foi também palco de várias guerras, destruições e saques. Mais tarde, foi reconquistada por Afonso III, Rei das Astúrias.
No século XI a cidade é reorganizada, provavelmente com a nova designação de "Braga". É iniciada a construção da muralha citadina e da Sé, por ordem do bispo D. Pedro de Braga, sobre restos de um antigo templo romano dedicado à deusa Ísis, que teria mais tarde sido convertido numa igreja Cristã. A cidade desenvolve-se em torno da Sé, ficando restringida ao perímetro amuralhado. 
 
                   
Braga foi nessa altura oferecida como dote, por Afonso VI de Castela, à sua filha D. Teresa, no seu casamento com D. Henrique de Borgonha, Conde de Portugal. Estes últimos foram senhores da cidade entre 1096 a 1112. Em 1112 doam a cidade aos Arcebispos. Com a elevação do bispado bracarense a arcebispado, a cidade readquire uma enorme importância a nível Ibérico.  
                                                
Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), a muralha citadina é requalificada, é ainda construída a torre de menagem. Mais tarde, foram adicionadas nove torres, de planta quadrangular, à muralha existente, concluindo-se também o Castelo de Braga em torno da torre de menagem existente.
No século XVI, o Arcebispo de Braga D. Diogo de Sousa modifica a cidade profundamente, introduzindo-lhe ruas, praças, novos edifícios, provocando-lhe também o crescimento para além do perímetro amuralhado.
 
Do século XVI ao século XVIII, por intermédio de vários arcebispos, os edifícios de traça medieval vão sendo apagados e substituídos por edifícios de Arquitectura religiosa da época.
No século XVIII, Braga por intermédio da inspiração artística de André Soares (Arquitecto 1720-69) transforma-se no Ex-Libris do Barroco em Portugal. Mais uma vez, por intermédio de vários arcebispos, os edifícios religiosos são novamente alterados com a introdução do Barroco e o Neoclássico.
Nos cem anos que se seguem, irrompem conflitos devidos às invasões francesas e lutas liberais. A cidade é palco de batalha e vítima de vários saques realizados pelas tropas napoleónicas. Em 1834, com o fim das lutas liberais, são expulsas várias ordens religiosas da cidade, deixando o seu espólio para a cidade. Em consequência da Revolta da Maria da Fonte na Póvoa de Lanhoso, área sob jurisdição do quartel militar de Braga, a cidade é palco de importantes confrontos entre o povo e as autoridades.
No final do século XIX, o centro da cidade deixa a área da Sé de Braga e passa para a Avenida Central. Em 1875, é inaugurado pelo Rei D. Luís a linha e estação dos caminhos de ferro de Braga.                                
No século XX, dá-se a revolução dos transportes e das infra-estruturas básicas, reformula-se a Avenida da Liberdade, de onde se destaca o Theatro Circo e os edifícios do lado nascente. Em 28 de Maio de 1926, o general Gomes da Costa inicia nesta cidade a Revolução de 28 de Maio de   1926. Por fim, no final deste século, Braga sofre um grande desenvolvimento e converte-se na terceira cidade do País, estatuto que mantém nos nossos dias. E também conhecida por muitos por Capital do Minho.
 
Sites consultados: Wikipédia, Câmara Municipal de Braga, Guia da Cidade, Portugal Virtual, Geira
Imagens: Geira, Google

19
Jul 08

- Trajes Tradicionais Distrito de Braga -

 
Traje de Capotilha ou Romeira
Este traje tem sido aquele que melhor caracteriza Braga, apesar de não ser o único.
As mulheres solteiras utilizam romeiras ou capotilhas vermelhas, já as viúvas ou comprometidas, azul. Na cabeça usam um lenço, de cambraia ou tule e seda.
Por baixo da capotilha usam uma camisa dos ombros até aos joelhos que pode ser bordada a vermelho ou preto com golas grandes, para se notarem por baixo romeira. Usam também um colete de cores variáveis.
Debaixo da saia de baetilha preta guarnecida a vidrilho ou peles, os saiotes de roda. Por cima da saia, um avental branco e meias rendadas.
Traje da Ribeira
Este traje é caracterizado pelo cochiné, que deriva do francês “cache-nez”, um lenço de merino franjado.
Usam coletes de rabos de grande recortes ou outros que se resumem a tiras. A camisa de linho pode ser ou não bordada. A saia é obrigatoriamente de roda, franzida na cintura e decorada até meia altura por veludo, cetim ou vidrilhos. O avental é de veludo preto.
As algibeiras de cortes muito variados eram de várias cores. Calçavam chinela preta.

 

Sites consultados: Folke do Minho

Imagens retiradas do Google


15
Jul 08

- Lugares do Distrito de Braga -

 

 

A Fonte do Ídolo é um monumento romano da cidade de Braga.
Quando Braga ainda era chamada de Bracara Augusta, a Fonte do Ídolo era um santuário dedicado ao deus Tongoenabiago, associado aos cursos de água.
 
Acredita-se que terá sido construída no século I d.C. Situa-se num quintal chamado “O Quintal do Ídolo”, que está entre as ruas do Raio e de S. Lázaro, perto da Igreja de S. Marcos. 
Uma inscrição indica que um tal Célico Fronto mandou fazer o monumento. Perto dessa inscrição encontra-se uma figura vestida com uma toga, que poderia representar o dedicante. Sobre a fonte de água encontra-se outra figura esculpida, um busto de perfil clássico.
Há indícios de que este santuário pode ter pertencido a parte de um templo. No entanto, é um monumento repleto de mistério, isto porque revela o culto de um deus indígena por parte dos Romanos, conhecidos pela sua tolerância religiosa.

 

Sites consultados: Wikipédia, Infopédia, Uaum

Imagens retiradas do Google


28
Jun 08

- Artesanato do Distrito de Braga -

Diz-se que a origem dos "lenços dos namorados" remonta aos séculos XVII - XVIII, quando as Senhoras bordavam para passar tempo, sendo que, ao longo dos tempos, foram sendo adaptados para as mulheres do povo.

No início, estes lenços, faziam parte do vestuário feminino e tinham apenas uma função decorativa. Eram lenços quadrados, de linho ou algodão, bordados conforme o gosto de cada um.

No entanto, estes lenços, tinham outra função: a conquista do namorado.

Uma rapariga, quando chegava à idade de casar começava a bordar um lenço em linho ou algodão (tal e qual a Penélope de Ulisses ... mas custa-me a crer que a tradição venha daí ... o Homero era um ilustre desconhecido!).

Depois de bordado, o lenço era entregue ao namorado ou "conversado" e era em conformidade com a atitude deste usar publicamente ou não, que se decidia o namoro. Se este aceitasse, poria o lenço por cima do seu casaco domingueiro, colocava-o ao pescoço com o nó voltado para a frente, usava-o na aba do chapéu ou até mesmo na ponta do pau que era costume o rapaz trazer consigo.
Caso contrário, o lenço voltaria às mãos da rapariga.
Se por acaso, ele aceitasse mas, mais tarde, trocasse de parceira, fazia chegar à sua antiga pretendida o lenço, e outros obejectos que lhe pertencessem, como fotografias, cartas ... (a imaginação que as pessoas tinham ... muito melhor do que as sms e os msn's todos do planeta ... até para terminar o namoro eram criativos! ).

Podia também acontecer, os lenços serem motivo de uma simples brincadeira ou troca de palavras. "Nas festas os rapazes tiravam os lenços das raparigas simulando uma ligação amorosa. Quando o rapaz já tinha namorada o facto de simular uma ligação com outra ao roubar-lhe o lenço era muitas vezes motivo de desavença entre a sua namorada e aquela a quem o lenço tinha sido roubado" ( bem ... para isto, não há tempo que cure! ).

"Quando eram utilizados pelas suas "donas" no seu trajo de festa, estes eram colocados do lado direito da cintura, deixando pender uma das pontas, dando assim à sua indumentária uma graciosidade particular".

Os lenços, representam o sentimento da rapariga em relação ao rapaz, no qual ela escreve pequenos versos de amor, ou símbolos. Damos conta muitas vezes, de erros ortográficos nestes lenços, que denunciam a falta de instrução da época.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Têm de concordar comigo que esta tradição é divertida, talvez pelo seu carácter tremendamente popular e ingénuo, não deixando nunca de ser adorável!

 


Sendo bordados a ponto cruz, estes lenços eram muito trabalhosos e morosos, obrigando a "bordadeira" a ser muito paciente e cuidadosa na sua confecção.
Com o passar dos tempos, foram-se adoptando outros tipos de pontos mais fáceis e rápidos de bordar. Com esta alteração a decoração inicial dos lenços modifica, as originais cores de preto e vermelho, vão dar origem a uma série de outras cores e outros motivos de decoração. Não se perdendo nunca, o objectivo principal!

 

Sites consultados: O Leme, Ceramicarte, Aliança Artesanal

Imagens retiradas do Google


25
Jun 08

- Monumento do Distrito de Braga -

 Castelo de D. Chica, Portugal.

O Castelo da Dona Chica (ou também, Castelo da Palmeira ou Palácio da Dona Chica), localiza-se na freguesia de Palmeira, Braga. É um edifício apalaçado de estilo Romântico, projectado pelo Arquitecto Ernesto Korrodi. É um Palácio que conjuga vários estilos como o neo-gótico, neo-renascentista e neo-clássico.

O Palácio, ainda que inacabado, possui um jardim, um lago, uma gruta e diversos canais artificiais. É constituído por quatro pisos.

 

 

Em 1915 é realizado o projecto do arquitecto Suiço, Ernest Korrodi e mandado contruir por João José Ferreira Rego, casado com a brasileira Francisca Peixoto Rego ( daí o nome do Castelo ser “Dona Chica”) que mandou vir do Brasil muitas das espécies de árvores existentes no jardim.

Em 1919 a obra é suspensa, numa altura em que só estavam construídas as estruturas fundamentais, sendo que, se orçamentava as obras em 370 contos de Reis.

Em 1938 é vendido a um fidalgo inglês por 165 contos de réis, que por sua vez o vende, por 80 contos de réis, ao guarda-livros do Conde de Vizela.  Francisco Joaquim Alves de Macedo adquiriu o Palácio e começou a fazer obras no interior do Palácio, mas geraram-se algumas divergências com a autarquia local. Desse modo, foram-se destruindo elementos decorativos interiores (azulejos, tijoleiras e telhas), não restando quaisquer vestígios para uma possível reposição dessas peças.

Na segunda metade século XX é adquirido pela Junta de Freguesia de Palmeira, que entrega o imóvel à IPALTUR, através de um contrato de longa duração.

A 20 de Fevereiro de 1985 é classificado como Imóvel de Interesse Público. Em 1992 adapta-se o Palácio num espaço cultural e recreativo, no entanto, a IPALTUR trespassa o Palácio a uma empresa para pagar uma dívida, no entanto, esta não é aceite e IPALTUR, em 1993, entra em falência, e o imóvel é adquirido pela Caixa geral de Depósitos como hipoteca. Sendo que, em 2006, ainda se encontrava para venda.

Texto Adaptado da Wikipédia – Castelo da Dona Chica

É uma pena um edifício com tanto valor cultural, estar desaproveitado e ditado ao abandono. A história da sua “vida” foi atribulada, cheia de avanços e recuos, no entanto, ainda vai a tempo de encontrar um final feliz. Só espero que seja esse o caso!

 

 

 
Sites consultados: Wikipédia
Imagens retiradas do Google e blogue Bracara Augusta

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