Preservar e Transmitir pedaços do nosso Património

19
Mar 09

 

Também chamado de "cotio" isto é, de uso comum, quer nas fainas, no monte, no campo e no mar, tendo variantes próprias conforme o trabalho.

Era da terra e do mar que a gente da região de Viana do Castelo se sustentava.

Saia às riscas verticais e barra aos quadrados pretos e brancos. Avental de lã de fundo vermelho. Camisa branca lisa. Na cabeça, chapéu de palha de aba larga. Calça socos de meia peça, sem meias.


27
Set 08

"A Citânia de Santa Luzia, conhecida localmente por "Cidade Velha", é um dos castros mais conhecidos do Norte de Portugal e sem dúvida um dos mais importantes para o estudo da proto-história e romanização no Alto Minho. A sua localização estratégica, permitia-lhe não só dominar vastas áreas da veiga litoral e ribeirinha, como também e muito especialmente, controlar o movimento de entradas e, saídas na foz do rio Lima, que na época romana seria navegável em grande parte do seu curso."
O povoado apresenta características muito próprias, principalmente ao nível das estruturas arquitectónicas, sendo famoso o aparelho poligonal, (trabalho de rara beleza e perfeição), em que foram construídas algumas das suas casas, que apresentam uma planta circular com um vestíbulo ou átrio, que em alguns casos albergam fornos de cozer pão, semelhantes aos existentes na vizinha Galiza, concretamente no Castro de Santa Tecla.
O espólio conhecido parece indicar que embora o local fosse já habitado desde os inícios da Idade do Ferro, o grande desenvolvimento do povoado se deve ter dado nos primórdios da romanização da região, tendo mantido uma ocupação pelo menos até ao Séc. V, como o comprova o aparecimento de um pequeno tesouro monetário com peças cuja datação varia entre 330 e 408 d.c.

 

Sites consultados: Wikipédia, Infopédia, IPPAR, Câmara Municipal de Viana do Castelo


20
Ago 08

- História do Distrito de Viana do Castelo -

 

A história de Viana do Castelo começou no Monte de Santa Luzia, onde existe hoje uma igreja. Aqueles que quiserem ou poderem, podem subir ao topo do zimbório para uma vista magnífica. Não longe da igreja encontra-se a Pousada de Santa Luzia onde teria sido a antiga povoação e onde se encontram alguns vestígios arqueológicos.Esta povoação foi habitada desde 2000 aC até 1500 dC. O seu declínio veio com a invasão romana que expulsou para o vale os habitantes celtas desta povoação. Com a Reconquista Cristã surgiu um núcleo populacional que deu lugar a freguesia de Santa Maria. A sua privilegiada situação e sua proximidade a uma via medieval asseguraram a economia que se beneficiava das peregrinações a Santiago de Compostela.
No ano de 1258 Viana foi fundada junto a desembocadura do Rio Lima por D. Afonso III. Seu porto foi muito importante durante a Época das Descobertas, desta Vila marinheira partiram muitas embarcações que voltaram repletas de tesouros que enriqueceram a população.
Em 1374, é concluída a muralha da Vila, na altura com quatro portas: Porta de S. Pedro, Porta da Ribeira, Porta do Postigo e Porta de Santiago. No século XVI, foi aberta a Porta da Vitória. Em 1502, para defesa em relação à pirataria, foi construída uma fortificação na barra denominada Torre da Roqueta. A 1 de Junho de 1512, D. Manuel concede Foral Novo a Viana por a considerar importante pólo de comércio marítimo. Em 1563, D. Sebastião classifica Viana como «Vila Notável», dizendo-a uma das mais nobres e de maior rendimento do reino. Ao longo da Idade Média, Viana torna-se um importante porto marítimo, e durante a época dos Descobrimentos Portugueses, o porto de Viana era mesmo o terceiro mais movimentado do País. Já no século XX viria a ser construída uma frota bacalhoeira nos estaleiros de Viana do Castelo para a pesca do bacalhau nos mares do norte.
A meados do século XIX a população recebe o nome de Viana do Castelo quando D. Maria lhe concede o título de cidade.
É difícil resistir ao encanto da cidade de Viana do Castelo, quando a luz clara cria sombras geométricas por entre os majestosos edifícios históricos, onde os estilos manuelino, barroco, revivalista e art-déco predominam. As ruas e ruelas do centro histórico, um dos mais belos e bem conservados do Pais, chamam a nossa atenção, quer pelas belas fachadas armoriadas, quer pelos painéis de azulejos preciosos no traço e na cor, constituindo um autêntico compêndio da história da arquitectura em Portugal.  
Hoje em dia Viana do Castelo segue intimamente ligada ao mar, a economia ainda se sustenta nos estaleiros, mas sobretudo nos sectores dependentes do turismo, o comércio e os serviços, destaca também a indústria artesã.
Esta cidade do litoral Norte se caracteriza por sua combinação de mar, rio e montanha que a converte em um lugar de grande atractivo para o visitante. Além disso é considerada como uma importante cidade monumental, onde destaca o encanto do seu Centro Histórico.
 
Curiosidade acerca da origem do nome - Viana do Castelo: Conta-se que um cavaleiro se apaixonou por uma bela princesa. Rondava o castelo da sua amada, vezes sem conta, na esperança de a ver. Um dia, na varanda mais alta do castelo, viu a princesa, Ana de seu nome, que lhe acenava.
Louco de alegria, o cavaleiro não se conteve e então gritava:
"Vi Ana do Castelo! Vi Ana do Castelo!"
 
 
Sites consultados: Câmara Municipal de Viana do Castelo, Portugal Virtual, A Portugal, Guia da Cidade, UMinho
Imagens do site Guia da Cidade

 


23
Jun 08

- Lenda do Distrito de Viana do Castelo -

(Estátua de Inês Negra à entrada da zona histórica de Melgaço, Viana do Castelo)

 

 

Esta história teve lugar em 1388, no início do reinado de D. João I, em que se travou uma guerra contra Castela pela independência de Portugal. Esta contenda, em que sobressaíram os feitos do Condestável Nuno Álvares Pereira e de muitos nobres portugueses, dividiu a aristocracia e o povo português, tomando muitas terras o partido de Castela. Foi durante esta guerra civil que a Inês Negra, uma mulher do povo fiel à causa portuguesa, abandonou Melgaço quando esta cidade se pôs ao lado do rei de Castela. Quando D. João I decidiu reconquistar Melgaço, Inês Negra juntou-se ao seu exército, mas as duas facções nunca chegaram a defrontar-se. A batalha travou-se entre Inês Negra e uma sua inimiga de longa data, a "Arrenegada", que tinha optado por apoiar os castelhanos. A lenda diz que a "Arrenegada" desafiou Inês Negra do alto das muralhas, propondo que a contenda fosse resolvida entre ambas com o acordo do exército castelhano. D. João I assistiu espantado à resposta de Inês Negra que dizia aceitar o desafio. Ambos os exércitos concordaram com este duelo e a Inês Negra, de espada na mão, defrontou a sua inimiga apoiada pelos gritos de incitamento dos homens de D. João I. O silêncio instalou-se quando a "Arrenegada" fez saltar com um golpe a espada das mãos de Inês, mas esta tirou uma forquilha da mão de um camponês e fez-se à luta, procurando atingir a "Arrenegada" nas pernas. Sentindo-se em desvantagem, esta atirou fora a espada e pegou num varapau que quebrou com fúria nas costas de Inês. Louca de fúria e de dor, Inês Negra largou a forquilha e atirou-se com unhas e dentes à sua oponente, rolando ambas no chão empoeirado. Um grito de dor gelou a assistência, que não conseguia perceber qual das duas vencera. Foi então que a "Arrenegada" se levantou e fugiu para o castelo, tapando as nódoas e o sangue do rosto com as mãos. Os castelhanos abandonaram Melgaço no dia seguinte e D. João I quis recompensar a heroína, mas esta respondeu que estava plenamente recompensada pela sova que tinha dado à sua inimiga.


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