Preservar e Transmitir pedaços do nosso Património

28
Out 08

- Lugares do distrito de Faro -

 

As ruínas de Milreu, situadas perto de Estoi (concelho de Faro), mostram vestígios de uma vila romana do século III.

Possuí vestígios de uma grande casa senhorial, instalações agrícolas, balneário e templo. Além disso, são visíveis ainda dois mausoléus e um peristilo com 22 colunas que ladeia um pátio aberto, com jardim e tanque de água. Em toda a área residencial encontramos mármores e mosaicos de motivos diversos.


O centro interpretativo das Ruínas Romanas do Cerro da Vila permite aos visitantes descobrir os aspectos do quotidiano destes habitantes do antigo Algarve e explorar o conjunto de silos da época islâmica, as fundações de uma torre funerária e a zona portuária do período romano.

 

 

Sites consultados: Guia da Cidade, IPPAR, Visita Algarve

 


27
Out 08

- Monumento do Distrito de Vila Real -

 

O Palácio de Mateus, também chamado de Casa ou Solar, é uma das melhores representações do período Barroco em Portugal. Situado na freguesia de Mateus, concelho de Vila Real.

A autoria e a data de construção deste Palácio são desconhecidas. Sabe-se que em 1743, o arcebispo D. José de Bragança, é informado que António José Botelho Mourão havia demolido um Palácio para construir outro muito melhor. Razão pela qual se pensa que nesta data a construção do Solar já estaria em fase adiantada. Há no entanto, quem atribuia a autoria do Palácio a Nasoni, uma vez que se sabe que ele esteve na região na época e também devido à semelhança com outros trabalhos do arquitecto.

Para além do Solar, existe também a Capela da Casa, situada a nordeste da mesma.
"Actualmente, a Casa de Mateus é administrada pela Fundação com o mesmo nome, fundada em 1971, e dirigida pela família, organizando diversas actividades de âmbito cultural (cursos de música e concertos, exposições, o prémio literário D. Dinis, congressos e seminários), para além de conservar a biblioteca e o museu."

 

Encontrei também, no site da Fundação Casa de Mateus, uma visita Virtual onde vemos os espaços como se lá estivéssemos, carreguem aqui.

 

Sites consultados: Guia da Cidade, Wikipédia, Casa de Mateus

 


25
Out 08

- Lugares Históricos do distrito do Porto -

 

Situado em Oldrões, no concelho de Penafiel, na região Norte do País, o Castro de Monte Mozinho, também conhecido por Cidade Morta de Penafiel, é um dos grandes tesouros arqueológicos do País. As escavações tiveram inicio em 1943, retomadas em 1974 e desde então não mais pararam. 
Os estudos têm demonstrado que este terá sido um povoado castrejo de época romana, fundado no século I d.C. mas com uma ampla cronologia de ocupação, pode ser inserido na categoria dos oppida, tanto pela dimensão como pela sua cronologia, situada na época de Augusto.
O castro seria fortificado com três linhas de muralhas e uma área habitada de cerca de 22 hectares, tendo sofrido várias reformulações, observáveis nos diversificados tipos de construção e apresenta diversas reformulações urbanísticas, sendo possível observar vários tipos de construção, desde núcleos de casas-pátio de tradição castreja, com compartimentos circulares e vestíbulo, às complexas habitações romanas de planta quadrada ou rectangular. Na parte superior do castro destaca-se a muralha do século I, cuja entrada era flanqueada por dois torreões onde se encontravam duas estátuas de guerreiros galaicos, que estão agora no Museu Municipal.
Na área urbana exterior à primeira muralha apresenta-se um ‘podium’ de um pequeno templo, na rua principal, e já fora do espaço urbano, destaca-se uma necrópole.
O numeroso material recolhido inclui fragmentos de cerâmica da Idade do Ferro, cerâmica comum romana de importação, vidros, uma ampla colecção de moedas, bem como alfaias agrícolas e armas, objectos de adorno, joalharia em prata, apresentando-se este espólio repartido entre os Museus Municipal de Penafiel, o de Etnografia e História do Porto e o de Antropologia da Universidade do Porto. 
 
Sites consultados: Guia da Cidade, Castrenor, Câmara Municipal de Penafiel, Cidade Penafiel

21
Out 08

- Monumento do distrito de Viana do Castelo -

 

O Castelo de Castro Laboreiro localiza-se na vila e freguesia de Castro Laboreiro, Concelho de Melgaço, Distrito de Viana do Castelo.
Construído no séc. XII em posição dominante no alto de um monte, em terreno de difícil acesso entre as bacias do rio Minho e do rio Lima, está integrado no Parque Natural da Peneda-Gerês. Em 1141, D. Afonso Henriques (1112-1185) conquistou a povoação de Castro Laboreiro, fazendo reforçar a sua defesa (1145), que passava a integrar a linha fronteiriça dos domínios de Portugal. Embora se desconheçam os detalhes dessa defesa, ela estaria concluída, conforme inscrição epigráfica, sob o reinado de D. Sancho I (1185-1211). No início do reinado de D. Afonso III o castelo foi severamente danificado diante da invasão de tropas do reino de Leão (1212). Vila e sede de Concelho entre 1271 e 1855, Castro Laboreiro foi pertença do condado de Barcelos até 1834, bem como comenda da Ordem de Cristo desde 1319. Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), por volta de 1290, as suas defesas foram reconstruídas, quando assumiram a actual feição. Por esta época, a alcaidaria de Castro Laboreiro e a de Melgaço encontravam-se unidas, a cargo da família Gomes de Abreu, de Merufe. No século XIV, após a conquista de Melgaço, D. João I (1385-1433) utilizou Castro Laboreiro como base para deter as incursões das forças castelhanas oriundas da Galiza.
 

Sites consultados: Wikipédia, Guia da Cidade


19
Out 08

- Festa Tradicional do Distrito de Braga -

 

O aparecimento da feira de Barcelos data de 1412. Foi concedida por D. João I, em carta de 19 de Fevereiro do mesmo ano, a pedido do Conde de Barcelos D. Afonso, seu filho. Ao longo dos tempos sofreu inúmeras alterações, nomeadamente, no dia de realização, época do ano e local, até se fixar no local onde actualmente se realiza. Fixou-se à Quinta-feira, com periocidade semanal.
 
 
 
Neste dia Barcelos enche-se de gente que vem à feira fazer as suas compras semanais ou, pura e simplesmente, para fruir o ambiente de festa e de convívio social que todos os “dias de feira” trazem à cidade e que fazem desta um acontecimento de importância regional. Esta feira semanal, considerada uma das mais tradicionais e antigas do Norte de Portugal, é um dos palcos privilegiados de contacto com a vivência e cultura das gentes do Minho e dos Barcelenses em particular.
 
Imagens retiradas do Google

13
Out 08

- Lenda do Distrito de Lisboa -

Esta é uma lenda estranha que está na origem do nome de um local do concelho de Sintra e que remonta a 1147, data em que D. Afonso Henriques conquistou Lisboa aos Mouros. Destacado para ocupar o castelo de Sintra, D. Mendo de Paiva surpreendeu a princesa moura Anasir, que fugia com a sua aia Zuleima. A jovem assustada gritou um "Ai!" e quando D. Mendo mostrou intenção de não a deixar sair, outro "Ai!" lhe saiu da garganta. Zuleima, sem lhe explicar a razão, pediu-lhe para nunca mais soltar nenhum grito do género, mas ao ver aproximar-se o exército cristão a jovem soltou o terceiro "Ai!". D. Mendo decidiu esconder a princesa e a sua aia numa casa que tinha na região e querendo levar a jovem no seu cavalo, ameaçou-a de a separar da sua aia se ela não acedesse e Anasir deixou escapar o quarto "Ai!". Pouco depois de se instalar na casa, a princesa moura apaixonou-se por D. Mendo de Paiva, retribuindo o amor do cavaleiro cristão que em segredo a mantinha longe de todos. Um dia, a casa começou a ser rondada por mouros e Zuleima receava que fosse o antigo noivo de Anasir, Aben-Abed, que apesar de na fuga se ter esquecido da sua noiva, voltava agora para castigar a sua traição. Zuleima contou a D. Mendo que uma feiticeira lhe tinha dito que a princesa morreria ao pronunciar o sétimo "Ai!". Entretanto, Anasir curiosa pela preocupação da aia em relação aos seus "Ais", exprimiu o quinto e o sexto consecutivamente, desesperando a sua aia que continuou a não lhe revelar o segredo. D. Mendo partiu para uma batalha e passados sete dias foi Aben-Abed que surpreendeu Anasir, que soltou o sétimo "Ai!", ao mesmo tempo que o punhal do mouro a feria no peito. Enlouquecido pela dor, D. Mendo de Paiva tornou-se no mais feroz caçador de mouros do seu tempo.


12
Out 08

- Artesanato do distrito de Leiria -

 

 Os Bordados das Caldas, originários das Caldas da Rainha, são também conhecidos pelo Bordado Rainha D. Leonor, isto porque, dizia-se que, quando a rainha e as suas aias permaneciam naquela região, costumavem nos tempos livres fazer bordados semelhantes aqueles que chegavam da Índia.

Estes bordados começaram por ser vendidos à porta do Hospital das Caldas da Rainha (no início da sua existência).

Dão-se a estes bordados, três possíveis influências: Indiana, espanhola e veneziana.

 

"Os Bordados das Caldas eram primitivamente executados com fio de linho, tinto num tom castanho dourado ou melado, sobre um tecido ralo branco, ou invés, de linha branca trabalhada em tecido acastanhado, com grande profusão de pontos."
Hoje em dia são bordados em fio de linho comum.

Possuí motivos como espirais, aranhiços e corações, sempre simétricos. Utilizam cores como o azul, castanho, cor de canela. Têm pontos especiais estes bordados: caseados, formiga, pé de galo, recorte, grilhão, espiga.

 

Apesar de, cada dia haver menos pessoas a realizar estes bordados, tem sido feito um esforço para preservar e difundir esta arte, nomeadamente na escola secundário Rafael Bordalo Pinheiro.

 

Sites consultaods: Lifecooler, Wikipédia, Câmara Municipal das Caldas da Rainha

 


11
Out 08

- Monumento do distrito de Coimbra - Imagem:Pt-coimbra-convento-staclara2.jpg

 

Decidi falar hoje deste mosteiro porque tem uma história muito única, talvez inédita em todo o país.

O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, situa-se em Coimbra, no lado esquerdo do Mondego. Mandado construir pela Rainha Isabel de Aragão em 1314. Sabe-se que a rainha tinha muito apreço pelo mosteiro, daí que nele tenha sido sepultada, sabe-se também que o famoso Milagre das Rosas, ocorreu perto desse mesmo mosteiro.

A arquitectura combina os estilos Românico e Gótico.

Acontece que em 1331, um ano depois do Mosteiro ter sido consegrado, dá-se uma cheia do Mondego que invade o Mosteiro.

Imagem:Pt-coias-mosteiro-staclara.jpg

Ao longo dos anos isso vai-se repetindo. Para combater o afundamento do mosteiro, edifica-se um novo plano de chão a meia altura da igreja, mas o problema não acabou, e em 1677 o Mosteiro é abandonado e as monjas transferem-se para Santa Clara-a-Nova, assim como o túmulo da rainha Santa.

Nave da igreja

Iniciaram-se em 1995 obras de recuperação que continuam até hoje.

"Por um lado porque a riqueza do espólio e dos vestígios descobertos obrigou a campanhas suplementares, por outro porque a complexidade técnica dos problemas de drenagem e conservação das ruínas obrigaram ao estudo de três cenários alternativos: mantê-lo aberto a seco, inundar de novo a área ou enterrar os vestígios ora descobertos.
A solução escolhida foi a primeira, implicando maior demora e investimento.

Apesar dos trabalhos de drenagem e isolamento, a área do convento foi parcialmente inundada no Inverno de 2000/2001 num período de cheia do Mondego."

entrada da nave central Nave direita

Apesar de tudo, acho que este Mosteiro vai ter um final feliz ... assim veremos.

 

Sites consultados: Wikipédia, Mosteiro Santa Clara

 


05
Out 08

- Lenda do Distrito de Évora -

Esta lenda tem três versões, daí que esteja dividida em três partes.

 

Perto de Arraiolos, ergue-se um belo solar construído entre os séculos XV e XVI, que tem o nome romântico de Solar da Sempre-Noiva. A maioria dos monumentos desta época que ainda se encontram de pé são monumentos religiosos, como igrejas e conventos, ou então monumentos militares, como fortes e muralhas.

Este solar, embora em ruínas, é precioso, pois é uma das poucas casa em estilo manuelino que não desapareceu. Conserva ainda elegantes janelas com arcos de ferradura e uma arcaria a que se dá o nome de galilé. 
A lenda da Sempre-Noiva está associada a esta propriedade, muito antes de existir o solar. Contam-se pelo menos três histórias com este nome!
 
A primeira sempre-noiva
 
Curiosamente, esta primeira lenda junta na mesma narrativa as duas tradições de Arraiolos, precisamente os tapetes e a Sempre-Noiva... 
Ao que parece, no tempo das lutas entre cristãos e mouros, vivia ali uma donzela que ficou noiva em má altura pois no dia do casamento a vila foi atacada e o noivo teve de partir para o combate. 
Nesse tempo as guerras prolongavam-se por tempos infinitos e, não raro, mal acabava uma começava outra!
Assim, quando passado muitos anos o rapaz voltou e quis casar, a noiva, contristada por ter perdido a beleza da juventude, demorou a aparecer! E quando os convidados já desesperavam que o casamento se efectuasse, ela apresentou-se coberta com um tapete para ocultar as «marcas do tempo».
 
A segunda sempre-noiva
 
A segunda Sempre-Noiva chamava-se Beatriz e era filha de D. Álvaro de Castro, irmão da malograda Inês de Castro e primeiro conde de Arraiolos. Beatriz era uma jovem de fulgurante beleza, não admira pois que um castelhano chamado Afonso de Trastâmara se apaixonasse por ela.
Mas estes foram tempos conturbados! Portugal estava em guerra com Castela. 
Corria o ano de 1384, Lisboa estava cercada pelos espanhóis. O trono estava vago, e era o mestre de Avis quem comandava a resistência dentro da cidade. Beatriz encontrava-se também em Lisboa e, por qualquer motivo obscuro, o mestre de Avis suspendeu as hostilidades, deixou entrar um nobre espanhol chamado D. Pedro Álvares de Lara e casou-a com ele.
Esta festa deve ter parecido bastante bizarra aos olhos do povo, que dentro das muralhas sofria os tormentos da guerra!
Mas visto que decorreram seiscentos anos sobre o incidente,torna-se difícil ajuizar sobre os motivos que levaram as pessoas a proceder assim. 
De qualquer forma, o casamento não chegou a consumar-se porque o noivo, regressando com Beatriz ao acampamento dos espanhóis, morreu de peste. 
Afonso de Trastâmara recuperou a esperança de casar com a sua amada, mas morreu quando pelejava valentemente para a impressionar.
Depois da luta acabadas e de o mestre de Avis subir ao trono, Beatriz  voltou a viver em Portugal e o rei lembrou-se de a dar em casamento a D. Nuno Álvares Pereira, que tinha ficado viúvo e a quem tinha sido dado o título de segundo conde de arraiolos. Mas ele recusou.
E consta que o rei, conversando com ela longamente a fim de encontrar marido que lhe conviesse, acabou por ficar ele próprio cativo da sua beleza! Talvez por isso, não só não voltou a escolher-lhe outro noivo como mandou matar Fernando Afonso que casou com ela secretamente. E mandou-o matar de uma forma cruel: queimado numa fogueira armada na praça pública, para toda a gente ver.
 
A terceira sempre-noiva
 
Também se chamava Beatriz a terceira Sempre-Noiva. 
Era filha de D. Afonso de Portugal, arcebispo de Évora, que era um homem cheio de iniciativa. Mandou construir vários conventos e palácios, entre os quais este solar onde ela sempre residiu. 
Esta menina estava noiva de um nobre espanhol, muito vaidoso mas muito medroso também!
Certo dia, passeando com ele pelos campos, surgiu um toiro tresmalhado que correu para eles. Em vez de a defender, o noivo fugiu a sete pés e foi o maioral quem veio garbosamente em seu socorro.
Esporeou o cavalo e conseguiu arrebatá-la no último instante! Conduziu-a depois na garupa até casa, e desse abraço ela não se libertou mais. 
Apaixonara-se irremediavelmente pelo seu salvador. Mas nesse tempo uma menina nobre não podia casar com o seu criado... 
Beatriz preferiu ficar solteira toda a vida, rejeitando com indiferença os mais ilustres pretendentes.

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