- História do Distrito de Braga -



- História do Distrito de Braga -
- Trajes Tradicionais Distrito de Braga -
Sites consultados: Folke do Minho
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- Lugares do Distrito de Braga -
Sites consultados: Wikipédia, Infopédia, Uaum
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- Artesanato do Distrito de Braga -
Diz-se que a origem dos "lenços dos namorados" remonta aos séculos XVII - XVIII, quando as Senhoras bordavam para passar tempo, sendo que, ao longo dos tempos, foram sendo adaptados para as mulheres do povo.
No início, estes lenços, faziam parte do vestuário feminino e tinham apenas uma função decorativa. Eram lenços quadrados, de linho ou algodão, bordados conforme o gosto de cada um.
No entanto, estes lenços, tinham outra função: a conquista do namorado.
Uma rapariga, quando chegava à idade de casar começava a bordar um lenço em linho ou algodão (tal e qual a Penélope de Ulisses ... mas custa-me a crer que a tradição venha daí ... o Homero era um ilustre desconhecido!).
Depois de bordado, o lenço era entregue ao namorado ou "conversado" e era em conformidade com a atitude deste usar publicamente ou não, que se decidia o namoro. Se este aceitasse, poria o lenço por cima do seu casaco domingueiro, colocava-o ao pescoço com o nó voltado para a frente, usava-o na aba do chapéu ou até mesmo na ponta do pau que era costume o rapaz trazer consigo.
Caso contrário, o lenço voltaria às mãos da rapariga. Se por acaso, ele aceitasse mas, mais tarde, trocasse de parceira, fazia chegar à sua antiga pretendida o lenço, e outros obejectos que lhe pertencessem, como fotografias, cartas ... (a imaginação que as pessoas tinham ... muito melhor do que as sms e os msn's todos do planeta ... até para terminar o namoro eram criativos! ).
Podia também acontecer, os lenços serem motivo de uma simples brincadeira ou troca de palavras. "Nas festas os rapazes tiravam os lenços das raparigas simulando uma ligação amorosa. Quando o rapaz já tinha namorada o facto de simular uma ligação com outra ao roubar-lhe o lenço era muitas vezes motivo de desavença entre a sua namorada e aquela a quem o lenço tinha sido roubado" ( bem ... para isto, não há tempo que cure! ).
"Quando eram utilizados pelas suas "donas" no seu trajo de festa, estes eram colocados do lado direito da cintura, deixando pender uma das pontas, dando assim à sua indumentária uma graciosidade particular".
Os lenços, representam o sentimento da rapariga em relação ao rapaz, no qual ela escreve pequenos versos de amor, ou símbolos. Damos conta muitas vezes, de erros ortográficos nestes lenços, que denunciam a falta de instrução da época.
Têm de concordar comigo que esta tradição é divertida, talvez pelo seu carácter tremendamente popular e ingénuo, não deixando nunca de ser adorável!
Sendo bordados a ponto cruz, estes lenços eram muito trabalhosos e morosos, obrigando a "bordadeira" a ser muito paciente e cuidadosa na sua confecção.
Com o passar dos tempos, foram-se adoptando outros tipos de pontos mais fáceis e rápidos de bordar. Com esta alteração a decoração inicial dos lenços modifica, as originais cores de preto e vermelho, vão dar origem a uma série de outras cores e outros motivos de decoração. Não se perdendo nunca, o objectivo principal!
Sites consultados: O Leme, Ceramicarte, Aliança Artesanal
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- Monumento do Distrito de Braga -
O Castelo da Dona Chica (ou também, Castelo da Palmeira ou Palácio da Dona Chica), localiza-se na freguesia de Palmeira, Braga. É um edifício apalaçado de estilo Romântico, projectado pelo Arquitecto Ernesto Korrodi. É um Palácio que conjuga vários estilos como o neo-gótico, neo-renascentista e neo-clássico.
O Palácio, ainda que inacabado, possui um jardim, um lago, uma gruta e diversos canais artificiais. É constituído por quatro pisos.
Em 1915 é realizado o projecto do arquitecto Suiço, Ernest Korrodi e mandado contruir por João José Ferreira Rego, casado com a brasileira Francisca Peixoto Rego ( daí o nome do Castelo ser “Dona Chica”) que mandou vir do Brasil muitas das espécies de árvores existentes no jardim.
Em 1919 a obra é suspensa, numa altura em que só estavam construídas as estruturas fundamentais, sendo que, se orçamentava as obras em 370 contos de Reis.
Em 1938 é vendido a um fidalgo inglês por 165 contos de réis, que por sua vez o vende, por 80 contos de réis, ao guarda-livros do Conde de Vizela. Francisco Joaquim Alves de Macedo adquiriu o Palácio e começou a fazer obras no interior do Palácio, mas geraram-se algumas divergências com a autarquia local. Desse modo, foram-se destruindo elementos decorativos interiores (azulejos, tijoleiras e telhas), não restando quaisquer vestígios para uma possível reposição dessas peças.
Na segunda metade século XX é adquirido pela Junta de Freguesia de Palmeira, que entrega o imóvel à IPALTUR, através de um contrato de longa duração.
A 20 de Fevereiro de 1985 é classificado como Imóvel de Interesse Público. Em 1992 adapta-se o Palácio num espaço cultural e recreativo, no entanto, a IPALTUR trespassa o Palácio a uma empresa para pagar uma dívida, no entanto, esta não é aceite e IPALTUR, em 1993, entra em falência, e o imóvel é adquirido pela Caixa geral de Depósitos como hipoteca. Sendo que, em 2006, ainda se encontrava para venda.
Texto Adaptado da Wikipédia – Castelo da Dona Chica
É uma pena um edifício com tanto valor cultural, estar desaproveitado e ditado ao abandono. A história da sua “vida” foi atribulada, cheia de avanços e recuos, no entanto, ainda vai a tempo de encontrar um final feliz. Só espero que seja esse o caso!