Preservar e Transmitir pedaços do nosso Património

02
Dez 08

 

Há muitos, muitos anos, quando a Caparica era apenas um local ermo, com meia dúzia de casas, apareceu uma criança muito bonita, pobremente vestida que ninguém sabia donde vinha. Um velho da freguesia da Senhora do Monte tomou conta dessa menina que não sabia nada sobre a sua origem, apenas sabia que possuía aquela capa que trazia. O velho reparou que a capa, apesar de muito velha, era uma capa de qualidade, provavelmente pertencente a uma família rica ou mesmo nobre. Passaram-se muitos anos até que a menina se tornou numa bela jovem. Estando o velho às portas da morte pediu-lhe, como última vontade, que pusesse a sua capa por cima dele para o aquecer naqueles últimos momentos, dizendo à jovem que aquela capa velha era uma capa rica. A jovem fez-lhe a vontade e, quando o velho morreu, juntou o pouco dinheiro que restava para lhe dar uma sepultura digna. Passou dias sem comer e noites sem dormir mas tinha a consciência tranquila de ter retribuído tanto em vida como na morte a bondade do velho. A jovem ficou naquele casebre e envelheceu sozinha. O povo, que a achava estranha e lhe chamava bruxa, reparou que ela tinha o ritual de subir ao alto do monte e, num ar de êxtase, rezava a Deus pedindo-lhe que quando morresse o Manto Divino de Nossa Senhora do Monte cobrisse com a Sua benção todos aqueles que naquela localidade A veneravam. Ao terminar aquelas palavras ela pegava na sua capa velha e erguia-a ao céu. Este estranho comportamento chegou aos ouvidos do rei que a mandou vir à sua presença, acompanhada da famosa capa que todos diziam ter feitiço. A velha senhora disse ao rei que nada tinha a ver com bruxedos e que o que fazia era apenas rezar a Deus. Comovido, o rei mandou-a embora com uma bolsa de dinheiro e a velha continuou a sua vida solitária até que um dia morreu. Junto do corpo da Velha da Capa, que era como o povo a designava, encontraram uma carta dirigida ao rei. A Velha da Capa tinha descoberto na hora da sua morte que a capa era afinal uma capa rica porque tinha encontrado uma verdadeira riqueza escondida no seu forro. Pedia ao rei que utilizasse aquele tesouro para transformar aquela costa numa terra de sonho e maravilha onde houvesse saúde e alegria para todos. Reza a lenda que foi assim que surgiu a Costa da Caparica, em homenagem de uma menina de origem desconhecida que tinha como único bem uma capa velha que afinal era uma capa rica.


25
Ago 08

- Lugares do Distrito de Setúbal -

 

 

A Reserva Natural do Estuário do Tejo foi criada a 19 de Julho de 1976. É uma das mais importantes reservas europeias e a zona húmida mais extensa do país, possuíndo uma avifauna muito diversificada. Conta com 14.560 hectares.

Possuí habitats diversos e uma das maiores áreas de sapais.

O Estuário funciona como local de cria para peixes como o Linguado, o Robalo, Lampreia, Savelha e Enguia. Mas não só, espécies como o Flamingo, Águia-sapeira e o Ganso-bravo-comum frequentam esta zona na açtura das suas migrações. Em alturas de migração, a Reserva Natural do Estuário do Tejo é local de abrigo para mais de 120.000 aves.

A Reserva divide-se em duas áreas específicas: a Reserva Integral do Mouchão do Lombo do Tejo (protege a nidificação de algumas espécies) e a Reserva Integral de Pancas (da qual faz parte o sapal que se desenvolve entre a foz do rio Sorraia e Alcochete).

Nesta Reserva podemos ainda encontrar espécies como a lontra, touro, rato-de-cabrera, cavalo de lide e muitos outros.

No entanto, esta reserva não serve apenas de habitat para aves, mamíferos e outros. Nesta zona existe uma significativa quantidade de actividades relacionadas com o sal, por exemplo, as Salinas do Samouco. 

 

 


Sites consultados: Guia da Cidade, Wikipédia, Camâra Municipal de Alcochete, Atelier Hannover


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